domingo, 29 de junho de 2014

Sim, sim, sim, eu aceito.

Olivia Palermo e Joahnnes Huebl: eles disseram "sim" de maneira discreta

E Olivia Palermo se casa com camiseta de manga comprida de cashmere, saia volumosa com fenda, criados por Carolina Herrera, e sapatos azuis Manolo Blahnik. O noivo Joahnnes Huebl foi de branco, terno Marc Anthony Hamburg, gravata Charvet e lencinho Etro. A união foi presenciada pelos pais de Olivia e um amigo de Johannes. Fantásticos, modernos, simples e chiques. Já entraram para história. Conheças outros vestidos que inspiraram muitas noivinhas pelo mundo. 


Por uma regra contratual, o vestido da princesa Grace de Mônaco foi desenhado por Helen Rose, chefe do departamento de figurinos da MGM, estúdio de cinema onde a atriz trabalhava. Luciana Gimenez casou com uma réplica da peça

Audrey Hepburn foi de Givenchy, seu amigo estilista que a acompanhou durante a vida inteira, criando seu impecável guarda-roupa. Seu primeiro marido, na foto, é Mel Ferrer

Criticadíssimo à época, o vestido da princesa Diana se tornou referência com o passar dos anos. Foi desenhado pela dupla David e Elizabeth Emanuel

Sem detalhes, rendas ou brilhos, Caroline se casou com John-John Kennedy de Narciso Rodriguez. Surpreendeu

Bianca Jagger foi de blazer branco, saia longuete e chapéu para se casar com Mick Jagger. Carrie Bradshaw, de Sex and the City, também usou um parecido para se casar com Mr. Big

Vestido tradicional para Liz Taylor, uma das celebridades americanas que mais casou na vida

No casamento rock'n'roll de Gwen Stefani com Gavin Rossdale, um vestido tye-dye criado por John Galliano

Jackie escolheu um Valentino para se casar com Aristoteles Onassis

Os fashionistas torceram o nariz para o vestido de Kate Moss, mas o importante é que ela estava feliz. A peça foi criada por John Galliano, inspirado nos looks hippies da modelo e pela preferência dela por roupas da década de 20


Kate Middleton casou com príncipe William seguindo a tradição e usando uma grife inglesa: Steve McQueen
As noivas Ellen DeGeneres e Portia de Rossi usaram Zac Posen, de acordo com a personalidade de cada uma 
Mia Farrou casou com Frank Sinatra na década de 60 e ousou ao usar um vestido curto, contrariando as mangas bufantes e cheias de tecido da época



quinta-feira, 26 de junho de 2014

Blazer, um coringa. Por Rodrigo Leite.

Rodrigo Leite: gato, estiloso, bom texto, entende tudo de blazer. Meu blogueiro convidado

Quem me segue sabe que eu gosto de escrever sobre moda, feminina ou masculina. Sou até muito suspeita para fazer essa classificação, porque adoro roubar peças do guarda-roupa dos homens para chamar de minhas. Militarismo, camisa, oxford. Aponto o que acredito ser interessante, mas ninguém melhor do que um "moço" para falar o que eles acham da moda. Não?
Rodrigo Leite, jornalista, é daqueles que você bate o olho e já sabe que ele gosta de se vestir. Roupa, cabelo, look que se destaca na multidão: ele manda bem. Por que não convidar esse cidadão para blogar como convidado no Cinquenta com Pimenta? A estreia é agora, aqui. Ele fala sobre blazer. E tenho certeza que vai falar sobre carro, balada, gastronomia, entrego na mão dele, sem piscar. Vai, Rodrigo, evolui nessa pista. Obrigada! (Cinthia Rodrigues)

Blazer é uma das peças do vestuário masculino que mais gosto. É aquela peça de roupa que todo homem deveria dar tanta atenção como dá para uma calça jeans. Ter uma peça bem cortada no armário, com medidas bem acertadas, é como ter a chave para se sofisticar em poucos segundos.

Obviamente, você deve estar associando o blazer a um look mais formal, ou mesmo a um evento onde há a necessidade de se vestir com um pouco mais de rigor. No entanto, a versatilidade da peça permite que você faça combinações que encaixem a peça em qualquer tipo de situação.

E as peças com padronagens diferenciadas ou cortes diferenciados, dão um ar bem moderno, e permitem o uso de acessórios e roupas com cores mais fortes, sem a necessidade de se alterar o estilo pessoal.

Dicas importantes:

- Blazer realça sua forma física. Caso você esteja fora de forma, é aconselhável usar blazers menos acinturados e mais curtos.

- Blazers podem (e, particularmente, acho que devem) que ter um corte mais justo que um terno convencional.

O blazer não pode ficar apertado no peito. Se, ao abotoar o primeiro botão, a peça perder a forma, ajuste ou busque um número maior.

- O azul marinho é a primeira cor de blazer que você deve ter. E, curiosamente, evite o blazer preto. Prefira o grafite ou o cinza. Azul claro funciona bem com peças mais coloridas.

- Blazer acinturado é o melhor amigo de pessoas muito magras.

- E por último, e mais importante. Paletó não é blazer. Você só consegue usar um paletó como blazer se ele tiver um corte moderno e se tiver apenas dois botões. (Rodrigo Leite)


Particularmente, fujo das botas de cano alto e da gola excessiva da terceira foto

Básico do básico e que funciona super bem

Dobrar as mangas destrói a estrutura da peça, mas agrada no visual

Modelos com cortes diferenciados e materiais estruturados aceitam melhor acessórios como toucas

Corte tradicional e xadrez: combinação exata (dica, só abotoe o primeiro botão de cima, nunca os dois)

Coletes são ótimos parceiros do blazer, e permitem combinações de texturas. Nem todo blazer se permite usar com a gola levantada 
Blazer com cotoveleira combinam mais com visuais retrô e peças mais clássicas

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Haider Ackermann: porque ele é meu estilista favorito - 10 razões


O estilista Haider Ackermann


Porque eu adoro Haider Ackermann:

1. É um estilista do mundo, de mil referências. Nasceu em Bogotá, na Colômbia, e foi adotado por uma família francesa quando tinha nove meses. Passou a infância na Etiópia, Chade, Algéria e França antes de se mudar para Holanda. 

2. Estudou moda na Bélgica, o berço dos criativos cult.

3. A roupa que ele cria é feminina ou masculina, apesar de lançar coleções separadas.

4. A modelagem é ampla e os tecidos incríveis.

5. Ele coloca calça de jacquard em homem. Isso é roupa de rei. 

6. Ele veste Penelope Cruz e Tilda Swinton, duas mulheres sem classificação, muito diferentes e muito únicas. 

7. Ele é muito lindo. 

8. Ele é cotado para substituir Karl Lagerfeld na maison Chanel.

9. A jaqueta perfecto que ele cria deixa qualquer mulher sexy.

10. Eu usaria qualquer peça que Haider já criou na vida. 

Crash de texturas no tom sobre tom

Beduíno moderno

Colete masculino: peça que nunca deveria ter deixado o armário dos meninos

Calça de jacquard: roupa digna de um rei


Conforto levado ao extremo: calça confortável, blazer de cetim e cartela de cores incríveis e diferentes 


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Moda masculina é Itália. E não se fala mais nisso.

Se tem algo que não se pode discutir é que a novidade para a moda masculina sempre nasce na Itália. Ternos com modelagem mais ajustada? Lá. Calça com barra mais curta? Lá. Tecidos tecnológicos? Lá. Sapato confortável? Lá. Loungewear masculina? Lá.  

Eu poderia fazer uma lista de mil itens, mas prefiro mostrar o que apareceu até agora nas passarelas da Pitti Uomo, evento que acontece em Florença, e comemora 60 anos de atividades. Uma semana de moda que antecede os desfiles de Milão e que traz fashionistas do mundo inteiro para conhecer as novidades. 

A marca Ermenegildo Zegna me surpreendeu pela cartela de cores e novas construções para o terno, elemento do vestuário masculino que para mim nasceu perfeito, com uma ou outra variação de modelagem. 

Stefano Pilati, diretor criativo da marca, apresentou um terno moderno, cartela de cores fantástica, camisa pijama e gravata foulard. Não é para se apaixonar?

Miuccia Prada trouxe roupas pespontadas e também mulheres na passarela. Afinal, qual é o homem que vive sozinho? Escolha o seu look e mostre para seu macho. Quem sabe ele se anima.



Terno Dolce & Gabbana. Para o homem que será notado vestido ou pelado, sempre. Corte impecável, gravata magrinha e cor berrante 

Abaixo, o tênis barroco dos italianos Domenico Dolce e Stefano Gabbana

O homem Gucci usa blazer com abotoamento duplo, calça branca e tênis. Um clássico para passear em Capri

O homem Marc Jacobs usa terno goiaba com sobretudo da mesma cor. O estilista americano compactua da vanguarda italiana e brilha na mesma passarela

Homem Marni usa roupas confortáveis

Antonio Marras, que já criou Kenzo, traz o mix de estampas para o homem ousado

Na passarela da Prada, o jeito italiano de fazer moda que todo mundo adora copiar, mas nunca fica igual ao original


O desconstruído arrumadinho do estilista John Varvatos, o eleito de dez entre dez roqueiros

Um terno rosa para um homem. Só poderia ser Versace

Uma barra nova para a calça Ermenegildo Zegna

A solução impecável que o diretor criativo Stefano Pilati oferece ao terno Ermenegildo Zegna: nova cartela de cor, modelagem ampla, camisa pijama e gravata foulard. O novo terno é um luxo



quarta-feira, 18 de junho de 2014

Craig Green, o novo terrível (comportado) da moda inglesa

Já faz tempo que a imprensa especializada de moda quer eleger um novo queridinho para chamar de seu. Jean-Paul Gaultier já deixou sua marca incrível nas passarelas, John Galliano foi banido do mundo fashion depois de emitir comentários antissemitas e Alexander McQueen decidiu não participar mais do circo da moda.

Os três chamaram atenção pela ousadia ao criar alta-costura feminina. Durante essa semana em Londres, durante a apresentação de coleções masculinas, um jovem estilista estreante levou a plateia às lágrimas. 

Craig Green, formado pela escola Central Saint Martins College of Arts and Design, a mesma onde estudou Stella McCartney, fez seu desfile-solo. Levou meninos-heróis vestidos de samurais, trabalhadores, zens, japoneses de fábrica, anjos, misóginos, andróginos para quem teve a sorte de estar lá. Seu desprendimento com tendências é visível.

Green se concentra no tecido e na forma. Apesar de evocar referências de décadas passadas, como o japonismo da década de 80 e a roupa com moldura, que foi novidade para os holandeses Viktor & Rolf, o inglês agradou. E muito. 

Ao som de Caribbean Blue, da cantora Enya, Green arrancou aplausos efusivos, lágrimas e gritos da plateia que testemunhou suas criações. Nasce uma estrela, mesmo que efêmera, no mundo da moda.



Backstage do desfile de Craig Green: o modelo de roupa azul usa uma bandeira que emoldura seu look

Com referências a Rei Kawakubo e japonismos da década de 80, Green desfila seu masculino em Londres

Homens andróginos. Muito sexy

Modelagem solta, minimalismo e ousadia


Tecidos impecáveis


Samurai contemporâneo

O estilista inglês Craig Green



A trilha do show. Viaje!


domingo, 15 de junho de 2014

Luxo cultural: Zécarlos Machado em cena

Zécarlos Machado em cena de Retratos Falantes: fabuloso


Quando saí de casa para prestigiar o espetáculo Retratos Falantes, em cartaz no Tucarena, eu já sabia que seria submetida a um exercício cênico de altíssima qualidade. Os precedentes eram incontestáveis e vinham em dupla: direção de Eduardo Tolentino de Araújo, do Tapa, grupo de teatro conceituado e longevo na história dos palcos paulistanos (desde 1979). E um solo de Zécarlos Machado, daqueles atores que nos faz respirar com dificuldade e mexer na cadeira, eventualmente, tamanha a provocação a que ele nos submete.

O texto é do dramaturgo inglês Alan Bennett, 80 anos, que apresenta, como diz Tolentino, “pessoas comuns, quase invisíveis, que, muitas vezes, podem estar ao nosso lado. Não são aquelas que estamos habituados a ver nas revistas de fofocas e de celebridades, nem os marginais que povoam as folhas dos jornais. São retratos de figuras anônimas que podem estar no nosso convívio". 

No primeiro solo da peça, Brian Penido nos traz um solteirão que cuida da mãe e tem problemas com sua sexualidade. Alterando a voz e o gestual, Brian interpreta em cena vários personagens, como o namorado da mãe e sua filha. O humor é cáustico, ácido, duro. E nos transporta talvez para a periferia de alguma cidade inglesa, como Leeds, onde Bennett nasceu. 

Na segunda parte do espetáculo, é a vez de Zécarlos Machado dar um show. Fiquei de boca aberta. A presença no palco circular do Tucarena é perigosa, porque o público se dispersa pelas cadeiras e o ator precisa contemplar a plateia inteira. Ele não decepciona - o palco é totalmente de Zécarlos. A postura corporal, a voz, o figurino, os trejeitos. O personagem é dificílimo e esconde um segredo, logo revelado, muito difícil de enfrentar. Um perturbado social, um desajustado, um personagem que instiga qualquer ator. Uma armadilha, se o ator não der conta do recado.

Zécarlos conquista o público. A pequena temporada está sendo prejudicada pelos jogos da Copa do Mundo, mas eu diria que para quem gosta do trabalho de ator, com um espetáculo focado em texto e interpretação, sem megalomania, o passeio é fundamental. Simpáticos e profissionais que são, o elenco e o diretor recebem a plateia, ao final do espetáculo, para discutir a peça. É ou não é um exercício de amor o que esses caras fazem? Parabéns.



Serviço

Retratos Falantes, de Alan Bennett (1934)
Direção - Eduardo Tolentino de Araújo
Elenco – Brian Penido e Zécarlos Machado
Temporada: de 6 de junho a 6 de julho de 2014
Espetáculos: sextas e sábados, às 22h, e domingos às 19h
Ingressos: R$ 50 / R$ 25 (meia)
Classificação: 14 anos
Duração: 80 minutos
Capacidade: 300 lugares
Local: Tucarena
Rua Monte Alegre, 1024 - Entrada pela Rua Bartira

Ingressos pela internet: www.ingressorapido.com.br ou telefone 4003-1212
Horário de atendimento da bilheteria
Terça a domingo, das 14h às 20h
Formas de Pagamento: dinheiro ou Amex, Aura, Diners, Hipercard,
Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Eletron
Valet apenas sábados e domingos: R$20
Estacionamento conveniado Pier Park Estacionamentos - Rua Monte Alegre, 835: R$14 (Valor válido somente mediante a apresentação de ingressos das peças em cartaz no TUCA)

O dramaturgo inglês Alan Bennett, 80 anos


segunda-feira, 9 de junho de 2014

Cozinhas que amamos

Não precisei passear muito pela Casa Cor para descobrir meu ambiente preferido. Eu, que sempre prestei atenção no trabalho da dupla Antonio Ferreira Junior e Mario Celso Bernardes, caí acidentalmente, sem querer mesmo, no Chalé do Jogador de Golfe.

Os veteranos de Casa Cor sempre trazem referências retrô em seus projetos, principalmente das décadas de 50 e 60. Junior, especificamente, me contou em uma outra ocasião, que é nessas décadas que praticamente tudo foi inventado de maneira revolucionária. E permaneceu.

O ambiente tem uma atmosfera de chalé europeu, com sala, quarto, cozinha e banheiro, sem paredes. Todo decorado em tons de verde e azul, predominantemente masculino. Os acessórios também remetem ao passado, com uma curadoria impecável.

Fiquei encantada com a escolha dos móveis e do revestimento do box - quando ladrilhos hidráulicos foram colocados aleatoriamente na parede, provocando uma grande parede texturizada.

Mas a grande estrela desse ambiente é a cozinha vintage industrial, montada com móveis da fábrica italiana Marchi Cucine, que são concebidos artesanalmente com madeira certificada. A cuba de sobrepor, as rodinhas que facilitam a limpeza, ma che bello!

Consegui me imaginar ali, no friozinho, tomando um vinho com meu amor, depois de passear pelas montanhas nos Alpes. Pode ser em Gonçalves também! E não é para isso que servem os sonhos que os arquitetos e decoradores imaginam para nós? 




Cozinha industrial italiana Marchi no Chalé do Jogador de Golfe, projetado por Antonio Ferreira Junior e Mario Celso Bernardes, para essa edição da Casa Cor

A mesa de refeições é Vitra, e as cadeiras HAL, de Jasper Morrison, à venda na Micasa

As portas e gavetas têm acabamento de laca verde, muito chique
A sala do chalé tem sofá Chesterfield da Jocal e par de cadeiras de Sergio Rodrigues


Ladrilho hidráulico da Brasil Imperial no box

Detalhe do sofá Chesterfield da Jocal

Papel de parede dinamarquês no hall de entrada

Poltrona verde Longwave da Diesel/Moroso

O carrinho de golfe

Jogador de golfe também é campeão



28ª Casa Cor São Paulo


De 27 de Maio a 20 de Julho de 2014
Jockey Club de São Paulo (Av. Lineu de Paula Machado, 1.173 - Cidade Jardim).

Horário de Funcionamento: de terça-feira a sábado, das 12h às 21h30; domingo e feriado, das 12h às 20h.


Ingresso: R$ 45 (de terça-feira a sexta-feira), R$ 57 (sábado, domingo e feriado), R$ 120 (passaporte válido para todos os dias da mostra).