terça-feira, 26 de maio de 2015

A ampla coleção do casal Broad - um museu novo em Los Angeles

No dia 20 de setembro, americanos e turistas terão mais um motivo para visitar Los Angeles. É que nesse dia será inaugurado o Broad Museum, graças ao garimpo de décadas que o bilionário filantropista Eli Broad, e sua esposa, Edythe, pacientemente fizeram durante décadas.

Entre as duas mil obras de arte da nova instituição, há:

13 Jean-Michel Basquiat
574 Joseh Beuys
42 Jasper Johns
34 Jeff Koons
28 Andy Warhol 

O edifício terá 120 mil metros quadrados e a admissão será gratuita.
A reportagem do The Wall Street Journal conta toda a história. 

Pink Devil, 1984, de Jean-Michel Basquiat

Bruno Corà Tea, 1975, de Joseph Beuys

Flag, de Jasper Johns, 1967

Twenty Jackies, 1964, Andy Warhol

Michael Jackson e bolhas, de Jeff Koons, 1988




O casal Eli e Edythe Brand






quarta-feira, 13 de maio de 2015

Muito romântico, Nilton Bicudo leva ao palco sua paixão pelo comportamento humano

Nilton Bicudo em dois momentos: como Myrna, a conselheira sentimental, e seu Nini, um senhor que se avizinha da morte. 



Nilton Bicudo é um cara do palco e da plateia. Ele domina os dois. Em pouco espaço de tempo, tive o prazer de poder assistir a duas peças que ele encenou no mesmo espaço, o teatro Eva Herz, que fica dentro da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista. 

Em Myrna sou Eu, ele é Myrna, uma conselheira sentimental que lê cartas de ouvintes no ar. Em A Graça do Fim, ele interpreta seu Nini, um senhor às voltas com as agruras da terceira idade. 

Tamanha versatilidade no palco tem muito estudo, muita paixão e muita dedicação. Conversei com o ator para entender o que tem por trás desse talento. Além de ser fã de Dercy, Bibi, "Fernandas", Bette Davis e Mazzaropi, Bicudo é obcecado por notícias de política e crimes. 

Sobre a tendência às comédias nos palcos brasileiros, ele diz: "O riso é uma benção, faz bem. Na infância fiz uma representação de Pato Donald na escola, e quando me virei de costas pra sair do palco o público gargalhou porque viu o rabinho do Pato costurado na parte de trás do meu calção. Tomei um susto e gostei". Que delícia de papo. Acompanhe. 



CCP: Em pouco espaço de tempo, você esteve no mesmo palco, interpretando Myrna, uma conselheira sentimental, e seu Nini, um senhor que se avizinha da morte. Como é que você sai de um e entra no outro personagem de maneira tão convincente? Como é seu trabalho de corpo? 

Nilton Bicudo: Faço essas personagens com a segurança de ter o Elias Andreato como diretor nos dois espetáculos. O Elias é um artista maravilhoso. Tive muito contato com Fauzi o que facilitou a composição do Seu Nini. E a Myrna é um trabalho de observação do feminino da vida toda. Meu físico e voz ajudam em meu trabalho de ator, e essas personagens são adequadas para meu temperamento.



CCP: É notório em seu trabalho que você gosta de "explorar" as vicissitudes do ser humano, ou seja, as loucuras que adoramos ver no palco, nos identificamos. Em um primeiro momento, há o riso, e, depois, o choro. Por que fez essa escolha de trabalho?

Nilton Bicudo: Sempre fui romântico, movido pela paixão, rodrigueano. Adoro psicologia e os detalhes nas pessoas.O humor vem daí, esse choque entre a realidade e o sonho que nos deixa atônitos.


CCP: Descreva as sensações das platéias das duas peças. E o camarim, como é? Quem te visita? O que tira de lá e leva pra casa?

Nilton Bicudo: Na Myrna, o público primeiro raciocina e depois ri, na Graça do Fim, o público ri primeiro e depois raciocina. O camarim das duas peças é bem calmo e com integração total com a equipe técnica. Me visitam no camarim as produtoras, o André Acioli e o Elias Andreato. Levo pra casa o calor do público.

CCP: Quais são os atores ou diretores que te inspiram? (podem ser brasileiros ou internacionais)

Nilton Bicudo: Dercy, Bibi, Paulo Autran, Raul Cortez, Juca de Oliveira, Elias Andreato, Fauzi Arap, Irene Ravache, Denise Fraga, Walderez de Barros, Karin Rodrigues, Miriam Mehler, Antonio Fagundes, Walmor Chagas, Bette Davis, Marília Pera, Fernandas, Glória Menezes, Norma Aleandro, Clarisse Abu, Mariana Lima, Tônia Carrero, Mazzaropi, Matheus Nachtergaele.

CCP: O público que vai ao teatro quer rir? O que pensa disso?

Nilton Bicudo: O riso é uma benção, faz bem. Na infância fiz uma representação de Pato Donald na escola, e quando me virei de costas pra sair do palco o público gargalhou porque viu o rabinho do Pato costurado na parte de trás do meu calção. Tomei um susto e gostei.

CCP: Há quantos anos você faz teatro e qual a peça que te traz a melhor lembrança (que você tenha assistido)?

Nilton Bicudo: Desde a infância, quando estudei no Colégio Teresiano e teatro fazia parte do currículo. Profissionalmente há 25 anos, comecei como lanterninha num show da Claudia Raia, que já era uma estrela. Lembro de tantas peça que vi, vou citar As Boas, de Jean Genet com Raul Cortez, Zé Celso e Marcelo Drummond, Master Class com Marília Pera e elenco com direção de  Jorge Takla e Piaf, com Bibi Ferreira, Paulo Autran, Iris Bruzzi e elenco com  direção de Flávio Rangel.

CCP: Você mora em São Paulo? O que acha da gestão da cidade quando o assunto é política cultural? Gostaria de fazer alguma sugestão à prefeitura ou estado?

Nilton Bicudo: Acho boa, destaco o Circuito São Paulo de Cultura da Secretaria Municipal, que oferece espetáculos gratuítos de alta qualidade e em todos os gêneros, em teatros públicos. Pelo Estado, destaco o Circuito da APA , que leva os espetáculos pelo interior de São Paulo. Amo viajar com teatro.

CCP: O que você lê nas horas de folga?

Nilton Bicudo: Tenho lido bem menos do que lia. Sou obcecado por notícias de política, ciência e crimes. Adoro programas de animais na TV.

CCP: Qual é a próxima peça?

Nilton Bicudo: Ainda quero fazer muito as duas. Myrna viaja a partir de agosto pelo interior de São Paulo e ano que vem vamos pro Rio de Janeiro. A Graça  do Fim está em temporada encontrando o seu público, e espero firmar com ela.

CCP: Gostaria de contar algo que eu não perguntei?


Nilton Bicudo: Apenas quero convidar seus leitores para virem assistir A Graça do Fim, uma comédia deliciosa, que faz pensar sobre aspectos da terceira idade, com humor e delicadeza. Todo sábado fazemos uma matinê às 18h.




FICHA TÉCNICA

Autoria: Fauzi Arap
Direção: Elias Andreato
Elenco: Nilton Bicudo e Cleiton Santos
Assistência de Direção: André Acioli
Trilha Sonora: Jonatan Harold
Voz: Daniel Maia
Iluminação: Adriano Tosta
Cenografia e Figurinos: Elias Andreato
Produção Executiva: Rosy Farias
Produção: Solo Entretenimento
Comédia Dramática, Adulto, 60 min.

TEMPORADA
De 4 de abril até 27 de junho de 2015
Sábados, às 18h
Ingressos: R$ 40,00 (inteira)
Teatro Eva Herz - São Paulo
Unidade: Conjunto Nacional
Endereço: Av. Paulista, 2073 - Bela Vista - São Paulo/SP
Capacidade
168 (quatro lugares para cadeirantes)
Bilheteria
Terça a Sábado, das 14h às 21h
Domingos, das 12h às 19h
Equipe São Paulo:
Direção Artística - Dan Stulbach
Gerência - André Acioli
Gerência Técnica - Hélio Schiavon Junior
Assist. Operacional - Eduardo Cardoso

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Cisne Negro e seu balé para cegos

Os figurinos do balé Trama são de Eduardo Ferreira
A coreografia de Trama é de Rui Moreira e a trilha tem Lenine, Marco Suzano, Mestre Ambrósio, entre outros

A Cisne Negro Cia.de Dança, considerada uma das melhores companhias contemporâneas do país, celebra 38 anos de existência e faz curta temporada na Sala Jardel Filho do Centro Cultural São Paulo com duas coreografias: Sra. Margareth - Excertos de Monger e Trama. 

No dia 24 de maio, vai acontecer uma apresentação especial para cegos com audiodescrição, que amplia o entendimento de pessoas com deficiência visual por meio da descrição sonora de aspectos visuais de um filme, espetáculo teatral, dança etc. Cenários, figurinos, linguagem corporal, tudo é descrito entre as falas das personagens. Geralmente, a audiodescrição já está gravada e o espectador deverá usar um fone de ouvido para acompanhar o espetáculo.

A Cisne Negro Cia. De Dança recebeu vários prêmios e foram apresentados na Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, Espanha, Uruguai, Paraguai, Argentina, Alemanha, Moçambique, África do Sul, Chile, Tailândia e Colômbia, além de vários estados do Brasil. A companhia nasceu de uma circunstância especial: sua diretora artística, Hulda Bittencourt, juntou as alunas do já famoso Estúdio de Ballet Cisne Negro com alguns atletas da Faculdade de Educação Física da Universidade de São Paulo (USP). 

A aproximação desses dois universos deu ao grupo sua principal característica: uma dança espontânea, energética, viril e de grande qualidade técnica e artística. Os trabalhos da companhia inserem-se dentro do panorama contemporâneo da dança ocidental, e conseqüentemente, desde o início, trabalha com coreógrafos inovadores e jovens, um trabalho construído com profissionalismo e paixão. Dentro de sua filosofia encontram-se a originalidade, a tradição e a preocupação de formar novas plateias, buscando públicos capazes de apreciar a inovação e a beleza.

Ficha técnica:
1.    SRA. MARGARETH – EXCERTOS DE “MONGER” (2013) – 33:12”
Música: Diversos Autores
Coreografia: Barak Marshall
Assistente de Coreografia e Remontagem: Osnat Kelner
Luz: Cristiano Donizete Paes e Dany Bittencourt
Elenco: Cisne Negro Cia de Dança

2.    “TRAMA” (2001) - 23:45´´

Coreografia: Rui Moreira
Música: Lenine, Marco Suzano, Mestre Ambrósio e temas da coletânea “Música do Brasil”
Projeto de Luz: André Bottó
Cenário: Hilal Sami Hilal
Figurinos: Eduardo Ferreira
Gravação Trilha Sonora: Estúdio Murillo Correa
Elenco: Cisne Negro Cia de Dança

Serviço:

22/05 a 24/05
Sexta e sábado, às 21h, dom., às 20h
Duração: 80 minuto(s)
Local: Sala Jardel Filho (321 lugares)
Preço: R$ 10 – Classificação etária: Livre
Com audiodescrição para cegos somente no domingo, 24/05 (lotação: 30)


Centro Cultural São Paulo (CCSP)
Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso (Próximo às estações Paraíso e Vergueiro do metrô)
Informações ao público: 3397-4002