sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O figurino nos filmes de Woody Allen

Suzy Benzinger, em sua quinta colaboração como figurinista com o cineasta Woody Allen, contou ao The New York Times que teve pouquíssima grana para montar o guarda-roupa do elenco - US$ 35 mil (o preço de apenas uma bolsa de grife). 

Para o longa Blue Jasmine, ela praticamente implorou às grifes francesas que emprestassem peças, principalmente para a atriz Cate Blanchett, que faz uma ricaça que perde tudo da noite para o dia. Perde tudo, menos a classe.

Louis Vuitton pediu para ver o script (!) antes de ceder algumas malas de viagem. Cate Blanchett, que inaugurou a loja da grife da Austrália, se prontificou a ligar para os franceses e pedir ajuda. Conseguiram depois de muito sufoco. 

Woody himself fez questão de que Cate usasse um casaqueto clássico de tweed da Chanel. Ligaram para Karl Lagerfeld no meio da temporada de desfiles em Paris e ele imediatamente mandou entregar dois pares para serem usados em cena, em dois dias. 

Como agradecimento, uma das cenas é rodada dentro de uma loja da Fendi, onde Cate, ainda rica, dá de presente para a irmã uma bolsa baguette dourada. Quem desenha as peças da Fendi é Karl Lagerfeld. 

A bolsa Birkin, da Hermès, também não foi um problema. Ela não larga a preciosidade o filme inteiro. A maison francesa mandou avisar: "Peguem tudo o que quiserem". 

Em uma das cenas, Suzy separou um tomara-que-caia vermelho Valentino para que Cate usasse em cena, mas a atriz preferiu um Carolina Herrera. "Jasmine fica melhor nesse", diz a loira. Roupas também são personagens nos filmes de Woody Allen.

Jasmine French (Cate Blanchett) e sua inseparável bolsa Birkin,
da Hermès. Ela perde tudo, menos a classe. Na cena, ela usa vestido Fendi e cardigã Missoni


A irmã Ginger (Sally Hawkins) ganha uma bolsa baguette
Fendi da irmã Jasmine


Jasmine e seu casaco de tweed Chanel, que foi lavado
várias vezes para conseguir um aspecto surrado


Jasmine e seu vestido Carolina Herrera


Woody Allen dirige Cate Blanchett e Alec Baldwin

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Móvel de plástico com design

Há quem acredite que escolher um móvel de plástico para decorar uma casa não mostra o quanto alguém é rico. E, sim, que essa pessoa tem bom gosto. A marca italiana Kartell foi criada pelo engenheiro químico Giulio Castelli em 1949. 

O empresário foi aluno de Giulio Natta, Prêmio Nobel de Química por seus estudos pioneiros com polímeros e compostos sintéticos, e provavelmente se inspirou no mestre para criar um negócio de sucesso.

Nascido em Milão em 1920, Castelli abriu uma empresa para fabricar acessórios para carros, mas as experimentações com plástico o transformaram. Ao lado de sua mulher, a designer Anna Ferrieri, criou uma marca reconhecida internacionalmente ao fazer móvel de plástico com design.

Nas décadas seguintes, Castelli convidou artistas como Joe Colombo, Philippe Starck, Ron Arad e Patricia Urquiola para criar peças para suas lojas espalhadas pelo mundo inteiro, inclusive no Brasil, onde a marca acaba de abrir mais três filiais em Recife, Santo André e Curitiba. Conheça os produtos da Kartell.




Gabinete Componibili, criado em 1969 por Anna Ferrieri, designer e mulher de Giulio Castelli, o fundador da Kartell

Estante Bookworm, de Ron Arad, lançada em 1994

Cadeira Comeback, de Patricia Urquiola, inspirada no
mobiliário do século 18 


Bancos Gnome Attila, de Philippe Starck, de 2000


Form Chair, design próprio da Kartell

O casal visionário: Anna e Giulio Castelli,
os criadores da Kartell



quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Nem tudo que reluz é ouro: é metal, é madeira, é couro

Noritamy é uma marca de joias que se orgulha de fazer o casamento perfeito entre a moda e a arquitetura. De grandes tamanhos, as peças são desenhadas pela dupla Tammar Edelman e Elinor Avni.

A inspiração pode vir de um quimono ou do trabalho do arquiteto japonês Tadao Ando. Confeccionadas em bronze, prata, couro e madeira, as criações conquistaram as editoras de moda e as consumidoras que prezam pelo design autoral.


Colar de pedras e ouro

Colar de bolas de madeira e quadrado de ouro


Colar de contas negras e ouro


Aneis de bronze e diamantes


Aneis de couro, ouro e turmalina rosa


Bracelete preto oxidado


Bolsa de couro e madeira

Anel de ouro








terça-feira, 26 de novembro de 2013

Keith Richards leiloa lenço para ajudar vítimas de câncer

Keith Richards é o roqueiro mais estiloso do planeta. Muito antes da moda se inspirar na música e vice-versa, ele já era o cara mais original quando o assunto é roupa e acessório. Hippie por natureza, sempre desfilou de jeans surrado, lenço no pescoço, joias, jaquetas coloridas, chapéu e o que mais aparecesse pela frente. Johnny Depp é seu herdeiro natural. 

Para ajudar vítimas de câncer, Keith doou um lenço autografado que está sendo leiloado no ebay. A peça foi usada pelo guitarrista numa foto publicada na revista Rolling Stone. Você pode dar o seu lance aqui.


























segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Como fazer um amigo

Se você realmente quer fazer um amigo, vá até a casa dele e coma com ele. Aqueles que dividem a comida com você, também dividem o coração.



domingo, 24 de novembro de 2013

O fantástico mundo do desenho de Rory Dobner

Desenho de Rory Dobner


Exímio desenhista, Rory Dobner é um jovem artista inglês que imprimiu suas criações em azulejos, canecas, telas, papel de parede, pratos e muito mais. 

O traço é feito à nanquim, sempre em preto e branco, para depois ser impresso em produtos para a casa e decoração. Ele trabalha em um estúdio no bairro londrino de Hampstead, cercado de pincéis e referências.

Seu universo fantástico de personagens - gatos, lagartos, cachorros, ratos, pássaros - lembram a era vitoriana, coberta de detalhes, mas com uma pegada moderna, quase punk. 

Ele também projeta móveis e decora ambientes, como as lojas da grife Agent Provocateur, de lingerie de luxo. Em Londres, a loja Liberty vende suas peças. No Brasil, a Orbi Brasil, de Marco Aurélio Viterbo e Daniela Couto Martins, o representa com exclusividade.

Acompanhe Rory Dobner no vídeo em que ele mostra seu local de trabalho, suas criações e sua incrível coleção de molduras vintage.




Dobner e suas criações impressas em
pratos de cerâmica




Os azulejos com letras e desenhos góticos,
que podem se transformar em frases


Interior da loja do designer em Londres


Vela com tampa 


Porta-bolo, docinhos ou peça decorativa: o cliente manda

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Isabella Blow: um sopro de originalidade

Já faz alguns anos que ser diferente e excêntrico na moda era ser um pouco como Isabella Blow (1958 - 2007), que foi editora de revistas como Vogue e Tatler, e do jornal The Sunday Times, e símbolo da extravagância fashion pré-blogs. 

Seu estilo de vida diferente, sempre envolvida com a aristocracia, artistas plásticos, fotógrafos e estilistas, a transformou numa referência natural para a imprensa, que acompanhava seus passos avidamente.

Blow tinha olhar apurado para moda e foi a pessoa que descobriu o talento do estilista Alexander McQueen ( 1969 - 2010), ao comprar a coleção completa que ele apresentou em sua formatura na Central Saint Martins. 

Ela também fez famoso o chapeleiro Philip Treacy, ao desfilar as criações dele em desfiles de moda, eventos e pautar a cabeça de fashionistas e da realeza britânica. 

Uma exposição com mais de 100 peças do acervo pessoal de Blow está em cartaz na Sommerset House, em Londres desde o dia 20 de novembro até 2 de março. 

Organizada pela The Isabella Blow Foundation e Central Saint Martins, a mostra traz parte do guarda-roupa que pertenceu à Blow e foi arrematada em leilão por sua amiga Daphne Guinness depois de sua morte. 

"Essa mostra é um pouco agridoce para mim. Isabella Blow fez nosso mundo mais vivo e coloriu tudo por onde passou. Eu espero que o legado que ela deixou possa inspirar muitos designers que virão", diz Daphne, no catálogo da mostra. 

Isabella Blow: mecenas da moda e da arte


Com chapéu de Philip Treacy, um de seus protegidos

Extravagante e corajosa

Com Philip Treacy, o chapeleiro preferido da realeza
britânica e dos fashionistas


Com Alexander McQueen, estilista que ela descobriu e incentivou,
ao comprar a coleção que ele criou na formatura


Batom vermelho, cabelo curto e acessários originais:
a marca registrada de Isabella Blow


A amiga Daphne Guinness, que arrematou em leilão o acervo de
Blow e agora o cede para mostra em Londres

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Lupita, uma pérola negra

Nem bem se passaram dois anos desde que ela era uma estudante na escola de teatro de Yale, e Lupita Nyong'o já figura na bolsa de apostas como uma indicada ao Oscar de atriz coadjuvante por seu papel em 12 Years a Slave, novo filme de Steve Mcqueen. Mas é no tapete vermelho que ela já conquistou o aplauso de fashionistas, estilistas, público e imprensa. Lupita nasceu no México e foi criada no Quênia.

Sua personal stylist é Micaela Erlanger, que tem, entre suas clientes, a atriz Michelle Dockery, da série Downtown Abbey. Assim como Jennifer Lawrence ganhou a simpatia da maison Dior, e Rooney Mara, da Givenchy, Lupita é a next big thing quando o assunto é musa e moda. Acompanhe as escolhas para o tapete vermelho que a atriz desfilou recentemente.


Lupita veste longo Prada com corpete bordado com paetês


De longo amarelo J. Mendel





A atriz desfila de look Moschino (à esq.), e macacão preto
 de Veronica Beard (à dir.). O escarpin de bolinhas

brancas e pretas é seu favorito


Para uma entrevista de televisão, blazer bicolor e calça vermelha, com charmoso óculos nerd
Em cena de 12 Years a Slave, contracena com Michael Fassbender,
um dos atores preferidos do diretor Steve McQueen


Com um vestido Miu Miu estampado, ela brilha sozinha no
tapete vermelho e conquista a imprensa