terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Presépios world tour


A empresária italiana Francesca Alzati, da grife de tapetes By Kamy, foi uma das convidadas pelo Museu de Arte Sacra de São Paulo, para criar e montar o seu presépio, para a exposição Presépios: Um Olhar, uma História, aberta ao público até o dia 6 de janeiro de 2014.

Sua obra possui uma área central e duas laterais. A central é marcada pela emoção do nascimento e o que isso simboliza para o Natal; as laterais, cheias de anjos, são cantos de recolhimento e reflexão, para que o visitante possa parar e se encontrar, saindo da exposição com uma nova experiência. A ambientação é totalmente brasileira, inspirada no barroco português e nas imagens da igreja "Nossa Senhora do Brasil".

A exposição apresenta 35 presépios cedidos por colecionadores particulares e consulados de 20 países como Polônia, Portugal, França, Alemanha, Espanha, Itália, Israel, Estados Unidos, México, Uruguai, Colômbia, Chile, Venezuela, Argentina, Peru, Guatemala, Equador, El Salvador, Zimbabwe e Nigéria. 

A mostra oferece ao público a oportunidade de conhecer a diversidade cultural da representação de Cristo sob a ótica de diferentes povos. Compostos tanto por peças de coleções particulares como por itens do acervo do MAS/SP, estão em exibição presépios de nacionalidades e épocas distintas, feitos de diferentes materiais como argila, madeira, papel, tecido, barro cozido, aniagem, etc. 

Presépios: Um Olhar, uma História é o resultado de um esforço coletivo, onde cada convidado abre seu coração e representa uma história universal do nascimento de Jesus.

Convidados:
Alessandra Campiglia, Angelo Derenze, Antonio Ferreira Jr., Baba Vaccaro, Beatriz Moura Andrade Araujo, Beatriz Monteiro de Carvalho, Bruna Carvalho, Brunete Fraccaroli, Chris Ayrosa, Eduardo Machado, Esther Giobbi, Esther Schattan, Fatima Salton, Francesca Alzati, Glorinha Baungart, Graziella Leonetti, Irene Ravache, Jóia Bergamo, Jorge Brandão, Lilian Bomeny, Lourdes Bottura, Marcelo Lima, Margarethe Abussamra, Maria Adelaide Amaral, Maria Pia Trussardi, Maria Thereza McNair, Olga Krell, Pedro Ariel, Priscila Pacey, Regina Carvalho, Roberto Sansão, Sabina de Libman, Sandra Penteado, Simone Goltcher, Sonia Diniz, Toninho Mariutti, Valéria Beraldin, Vic Meirelles, Vilma Eid, Virginia Lamarco, Wair de Paula e Walkiria Tesssari Derenze.



Exposição: Presépios: Um Olhar, uma História
Curadoria: Cristina Ferraz
Texto: Cesar Giobbi
Expografia: Antonio Ferreira Jr.
Desenhos: Paulo von Poser
Período: 27 de novembro de 2013 a 6 de janeiro de 2014
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo
Avenida Tiradentes, 676 – Luz, São Paulo
Tel.: (11) 3326.5393 – agendamento/ educativo para visitas monitoradas
Horário: terça a sexta das 9h às 17h, sábado e domingo das 10h às 18h
Ingresso: R$ 6 (estudantes pagam meia); grátis aos sábados
Número de obras: 35
Dimensões: variadas

O presépio criado por Francesca Alzati

O barroco brasileiro inspirou a empresária italiana

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Chanel, Dallas e a alta-costura que se reinventa

Karl Lagerfeld, o diretor criativo da maison Chanel, tem por tradição homenagear as cidades que fizeram parte da história da vida de Gabrielle "Coco" Chanel. 

Dessa vez, o circo da moda foi montado na cidade de Dallas, Texas, onde aconteceu um desfile e a projeção do média-metragem The Return, que conta a história do retorno da estilista francesa às passarelas depois de 15 anos de inatividade.  

Dallas é a cidade para onde Chanel viajou, em 1957, a convite de Stanley Marcus, da loja de departamentos Neiman Marcus. Ela não gostava do mercado americano, mas enxergou naquele convite uma forma de fazer as pazes com quem a acusava de ser antissemita. 

O empresário visionário, que vendia as roupas da estilista em sua loja de luxo, recepcionou a francesa no aeroporto e a levou para apreciar um churrasco típico da região.

Chanel não gostou muito da comida e jogou o prato embaixo da mesa, que acabou caindo nos sapatos vermelhos de cetim de Elizabeth Arden, outra mulher à frente de seu tempo, ao inventar o conceito da maquiagem moderna.

No filme dirigido pelo próprio Lagerfeld, Geraldine Chaplin revive os momentos de angústia de Chanel, que depois de se consagrar como uma das mulheres mais poderosas da indústria, não consegue mais cair nas graças do público feminino. O ano era 1953 e ela tinha mais de 70 anos.

Durante o filme, ela é entrevistada por um jornalista americano, interpretado por Rupert Everett, onde expõe suas mais sinceras opiniões. Anos depois, o mercado a consagra novamente e ela faz a viagem para os Estados Unidos, para ver suas criações em território americano.

"Odeio saias curtas e blue jeans, e as pérolas que eu uso são falas. Não uso roupas para parecer mais jovem, bom gosto não tem nada a ver com beleza", disparava a estilista.

Na festa que aconteceu em Dallas, Karl Lagerfeld apresentou a nova garota-propagada na casa: Kristen Stewart, que foi criticada pelas roupas "desleixadas" que usou. 

Na arena, roupas inspiradas no deserto e terninhos usados com botas fizeram a platéia delirar, mostrando que o legado de Mademoiselle Chanel continua imbatível.

Acompanhe cenas da festa, do desfile e assista ao filme, disponível no youtube, ainda sem legendas em português. 


Coco Chanel é recebida por Stanley Marcus, da loja de departamentos Neiman Marcus, em Dallas, em 1957

Mary "Billie" Marcus, Chanel e Stanley Marcus
Chanel e suas modelos no filme The Return (O Retorno)
Rupert Everett faz o jornalista que entrevista Chanel (Geraldine Chaplin, perfeita)


Anna Wintour, editora da revista Vogue América, e Karl Lagerfeld chegam à festa em Dallas, Texas


Kristen Stewart é a nova garota-propaganda da Chanel

Terninho com botas


Georgia May Jagger desfila

Tweed revisitado sob a ótica do oeste americano


Extremamente feminino

Preto e branco: um clássico Chanel


Pronta para o rodeio sem perder o glamour

O bordado alta-costura, item indispensável nas criações de
Karl Lagerfeld para a maison Chanel



quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Os alquimistas continuam chegando

"Sempre gostei de trabalhar com metal, tem uma linguagem diferente", diz o designer Paulo César Andrade, formado há mais de 20 anos pela FAAP. 

Em um trabalho bastante original, ele brinca com prata, ouro e pedras preciosas criando peças únicas. Seu ateliê fica em casa e ele aceita encomendas para quem deseja materializar sonhos em joias.

Quem não quer se energizar usando uma pedra rente ao corpo? Já dizia Jorge Ben, os alquimistas estão chegando. 


Paulo César Andrade: (11) 9 8448 8900



Anel com água-marinha e metais
Aliança rústica de prata

Prata com ametista

Arquitetura de safira incrustrada no metal

Aneis de saturno? Por que não?



sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Periguete enfaixada

Hervé Peugnet é o nome do estilista francês que criou o vestido que Fernanda Lima usou no dia do sorteio dos jogos da Copa do Mundo. Dourado, já passeou pelo corpo de outra famosa, Catherine Zeta-Jones, que foi acusada pela imprensa de ter perdido as curvas ao desfilar com peça tão apertada ao corpo.

A grife se chama Hervé Léger - Karl Lagerfeld o aconselhou a trocar o sobrenome para ficar mais compreensível para o mercado americano.

A questão é o que o vestido bandage (bandagem) só fica bem mesmo em quem tem o corpo perfeito. Um dos preferidos das famosas que querem mostrar que estão com tudo em cima, é uma bomba explosiva que denuncia quilinhos a mais ou falta de estilo.

Victoria Beckham usava muito antes de criar sua própria grife. Aconselhada pelas pessoas mais criativas do mercado, largou as ataduras e partiu para uma modelagem mais clássica e chique.

Confira a galeria de famosas que já desfilaram com o vestido, que pode custar, no Brasil, até R$ 10 mil. 


Fernanda Lima

Catherine Zeta-Jones

Fergie

Britney Spears

Blake Lively

Rihanna
Gisele Bündchen

Victoria Beckham







Tavares, uma delícia para os olhos

Sair para comer em São Paulo parece fácil, mas não é. Como a oferta de restaurantes é muito grande, bate aquela dúvida quando surge novidade no pedaço.  
 
Dia desses fui parar no Tavares, na rua da Consolação, convidada por uma amiga. De cara já gostei do lugar, porque além de comer, o visitante pode comprar acessórios para casa, apetrechos para cozinha, geleias caseiras.
 
O restaurante é decorado com peças vintage, muita madeira de demolição, cadeiras Charles e Ray Eames, um lindo painel do designer Marton e um teto retrátil no salão principal, que faz a alegria dos visitantes nos dias de intenso calor, que tem sido os dias de dezembro.
 
Sentei à mesa e pedi o drinque Cosmopolitan. Para acompanhar, bruschettas de queijo parma e rúcula de entrada. Como visitei a casa em um sábado, escolhi degustar a feijoada, muito saborosa e quase sem gordura.
 
O mais bacana do Tavares é o atendimento, correto e ágil. O proprietário Ivo Abrahão circula pelas mesas para conferir o andamento dos trabalhos, o que confere à casa um charme todo especial.
 
 
Tavares
Rua da Consolação, 3212
Horário de funcionamento
Segunda a quinta-feira: 11h30 a 00h00
Sexta-feira: 11h30 a 1h00
Sábados: 9h00 a 1h00
Domingos e feriados: 10h00 às 17h00
Capacidade: 100 lugares
Tem acesso para deficientes: Sim
Aceita animais: sim, na varanda coberta
Tem área para fumantes: área externa, com bancos e aquecedor, com mesas
Conexão Wi-fi
Show: Jazz, toda última quinta-feira do mês
Vallet: Sim
Cardápio diferenciado: inglês e versão em Braille
Instagram: @casatavares
  
 


A fachada do Tavares, na rua da Consolação, nos Jardins



Salão interno do restaurante é confortável e o teto é retrátil

Painel de Marton e cadeiras de Charles e Ray Eames

Recepção do local com escada de madeira de demolição

Balcão de drinques

Detalhe do grafite do balcão de espera


Mesa de madeira de demolição no salão principal


A casa aceita animais na varanda coberta. Lola ficou quietinha

Detalhe da decoração com parede texturizada

Bebedouro para cães: no dia, estava vazio...


O drinque Cosmopolitan: para começar a experiência

Feijoada do Tavares: excelente pedida para um sábado.
Leve, gostosa e bem servida para uma pessoa


Geleias à venda no restaurante


Um dos ambientes do restaurante com espaço para convivência

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

50 tons de (sofá) cinza

O sofá é a peça mais importante da sala de estar. Por que é nele que os amigos se sentam para conversar, trocar ideias, assistir filmes, namorar, enfim, é fundamental que as atenções na escolha do modelo e da cor sejam acertadas.

O cinza, por ser uma cor neutra, funciona e aceita qualquer combinação de almofadas ou tapetes que o morador quiser arriscar. Cinza com cinza é chique, cinza com roxo, sofisticado. Cinza com amarelo lembra a Escandinávia e cinza com laranja fica fashion. Acompanhe algumas opções e inspire-se!

Cinza com parede azul petróleo e almofada roxa: chique

50 tons de cinza: sexy 

Com almofadas coloridas e móveis de madeira
clara: a Escandinávia é aqui

Mistura perfeita com objetos coloridos no apartamento espanhol

Com complementos étnicos: a combinação perfeita

Romântico na medida certa

Em sala de estar repleta de obras de arte com toque retrô
 

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Ann Demeulemeester, a estilista das heroínas românticas modernas, deixa as passarelas

Ela fazia parte de uma trupe de seis estilistas belgas que lotou um caminhão de roupas em 1986, e partiu para Londres. A viagem fez por colocar a Bélgica no mapa da moda, dominada por estilistas franceses. Logo foram batizados de "Antwerp Six". Entre eles também estava Dries Van Noten, outro grande nome do circuito. 

A moda que vem daquele país sempre chama atenção pela originalidade e exerce fascínio entre fashionistas. Martin Margiela é belga, assim como Haider Ackermann, que nasceu na Colômbia mas estudou em Antuérpia. Ele é o preferido de Tilda Swinton e Penelope Cruz.

Ann Demeulemeester firmou sua marca nas passarelas com roupas góticas, pretas ou brancas, carregadas de simbolismos e muitas franjas. Casacos militares, coturnos e modelagem solta tornaram-se atemporais em um mundo tão volúvel e ávido por novidades.

No final de novembro, os funcionários das lojas que vendem suas roupas receberam uma carta escrita de próprio punho em que a estilista anunciava sua saída do negócio. "Sempre segui o meu caminho e um novo tempo chega para minha vida pessoal e para a marca. É hora de separar os caminhos". 

Não se sabe ainda quem vai liderar a marca. O jornal The New York Times sugeriu que a sócia Anne Chapelle assuma o controle do negócio, mas ela apenas declarou que a próxima coleção, a ser exibida em fevereiro de 2014, ainda terá a participação de Ann, que deve se aposentar.

As heroínas românticas, mesmo que vestidas com armaduras pretas e alfaiataria muito bem cortada agora ficaram órfãs. Mas Ann Demeulemeester, absolutamente, deixou gravada em pedra sua marca registrada na história da moda.

A estilista Ann Demeulemeester

Heroína romântica dos tempos modernos

Heroínas românticas dos tempos modernos


Alfaiataria muito bem cortada e modelagem solta


Coturno preto: um clássico da passarela de Ann


Branco também fazia parte da cartela de cores da belga


Calça masculina


Acessório com pele de animal fake
A casa onde a estilista mora com a família
foi projetada por Le Corbusier, em 1926