terça-feira, 25 de março de 2014

Armaduras para mulheres modernas e poderosas - as joias de Marina Massone

Modelo veste colar feito com fios de cobre criado pela designer argentina Marina Massone

Foi no meio de uma feira de móveis e objetos de decoração, a Paralela Gift, que eu conheci o trabalho da designer de joias Marina Massone. Confesso que fiquei alguns bons minutos hipnotizada pelas peças dispostas em uma pequena vitrine de veludo preta. Todo aquele material duro, como chapas de bronze, fios de prata, trabalhados à exaustão, formando colares diferentes, únicos. Anéis, pulseiras, brincos. Era tudo muito lindo. Qualquer mulher se sente poderosa com uma armadura dessas, pensei...

Mas quem faz essas peças? Qual não foi a minha surpresa ao saber que ela veio de Buenos Aires para exibir suas obras de arte para o público brasileiro. Marina formou-se em Desenho Industrial na Faculdade de Arquitetura, Desenho e Urbanismo da Universidade de Buenos Aires e transferiu para as peças que projeta esse dom de construir formas. Há alguns anos cria suas coleções que são vendidas em lugares que se identificam com seu talento, como, por exemplo, a loja de objetos que fica dentro do Instituto Tomie Ohtake e a partir de abril, na loja do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). 

Conversei com Marina. "Uma chapa de bronze não significa nada. Mas quando é trabalhada, fica linda", diz a designer, que já expôs suas coleções em museus e na Semana de Moda de Nova York. Mais interessada na transformação de um material, no que propriamente nele mesmo, Marina gosta da transparência e no efeito tridimensional que consegue em suas peças. "Olhe essa colmena (casinha de abelha). Posso ver através dela", completa. 

Conheça as peças que Marina Massone criou ao longo de mais de uma década de experimentações. 


Colares da linha Panal: chapas retorcidas com incrível efeito arquitetônico



Anel de prata


O acessório é tão poderoso que valoriza qualquer roupa

Brincos (R$ 440) e colar (R$ 980) confeccionados com fios de prata da coleção Hillos

A designer Marina Massone na Semana de Moda de Nova York

Fios de cobre nos colares da coleção Bosque


As colmenas (casinhas de abelha) provocam efeito de luz tridimensional nas peças. O anel Panal custa R$ 480

sexta-feira, 21 de março de 2014

O coelho de Alice

O coelho não consegue esperar

Quem está apaixonado precisa esperar. E isso nem sempre é a tarefa mais fácil do mundo. Tenho em minha estante um livro a que sempre recorro quando quero entender a paixão que move os seres humanos, a paixão que me move. Trata-se de Fragmentos de um Discurso Amoroso, escrito por Roland Barthes (1915-1980). As folhas amarelas e gastas sempre me salvam. Gosto muito de uma passagem que trata da espera. Outro dia lembrei dele e me confortei ao rever uma pequena fábula, que mesmo depois de tê-la lido dezenas de vezes, ainda me emociona. "Um mandarim estava apaixonado por uma cortesã. 'Serei sua, disse ela, quando tiver passado cem noites a me esperar sentado num banquinho, no meu jardim, embaixo da minha janela.' Mas, na nonagésima nona noite, o mandarim se levantou, pôs o banquinho embaixo do braço e se foi". 

Presto muita atenção nas histórias das minhas amigas quando elas conhecem alguém que pode vir a ser um "item", como dizem os americanos. Mas confesso que fico um pouco intrigada ao ver que, elas, mesmo depois de alguma estrada, e supostamente, com alguma experiência no assunto, não sabem muito o que fazer. A velocidade com que elas desejam que a história deslanche é impressionante. Na mesma hora me vem à cabeça a imagem do coelho de Alice, a personagem do romance de Lewis Carroll, que só corre e diz "que nunca tem tempo". Ele precisa correr. Será que não dá para desacelerar um pouco e deixar que tudo aconteça de maneira mais natural?

Tenho dúvidas. Também não sei como deve ser. Ligo? Não ligo? Mas será que eu posso falar isso? Será que é muito cedo? Será que ele vai me procurar? O que será que está passando na cabeça dele? São muitas perguntas, não consigo responder. Ultimamente sinto que as pessoas querem amar, precisam estar apaixonadas para que a vida siga o seu percurso. Isso é ótimo, eu gosto, admiro e aplaudo.

O amor deixa o ambiente mais leve, o bom humor se faz cada vez mais necessário na vida louca que levamos. É preciso ter calma para construir algo. É preciso conversar muito, beijar, namorar, fazer sexo, enfim, viver cada minuto e descobrir ao final do dia que o amor esteve ali. E acordar no dia seguinte e começar tudo de novo. A palavra é: paciência. Sim, eu estou apaixonada e gosto de esperar todos os dias. 

Konstantin Grcic, o designer que busca as peças simples, ganha retrospectiva na Alemanha

À primeira vista, uma peça criada pelo designer Konstantin Grcic nos envia uma mensagem bem-humorada. Pegue, por exemplo, a luminária que ele fez para a empresa Flos, em 1998. Batizada de Mayday, as últimas palavras ditas antes de o monstruoso Titatic afundar, é um artefato extremamente prático.

Ela tem um cabo que permite seu deslocamento para, por exemplo, iluminar embaixo de um carro. Ou pendurá-la no varal. Ou deixá-lo no chão mesmo. Foi essa perspicácia e apreço pela "uso fácil" do design que consagrou o profissional, e que ganha, a partir de hoje, uma retrospectiva de seu trabalho no Museu Vitra, em Weil am Rhein, na Alemanha. 

A mostra que celebra as mais de duas décadas de trabalho de Grcic, que tem um estúdio de trabalho em Munique, cidade onde ele nasceu, contou com a participação dele na organização e criação de instalações que poderão ser vistas a partir de amanhã, sábado, 22, pelos visitantes. Nelas, o criativo expõe sua visão sobre lugares para viver, morar e trabalhar.

Desde pequeno, Grcic gostava de desmontar seus brinquedos para entender como funcionavam. É claro que não os conseguia colocar de volta. "Eram exercícios insconscientes de design", diz Grcic ao jornal americano The Wall Street Journal. 

Formado em design pela Royal College of Art de Londres, já criou mobília, produtos e luminárias para as empresas mais conhecidas do mundo, como Flos, Authentics, ClassiCon, Muji, Nespresso e Vitra. Suas peças já fazem parte do acervo de museus como MoMA e Centre Georges Pompidou. Chamado de minimalista, gosta de dizer que prefere as "coisas simples". Para conhecer mais o seu trabalho, visite o site do designer em www.konstantin-grcic.com
  


O designer alemão Konstantin Grcic celebra mais de duas décadas de carreira
Cadeira One, 2004, de concreto, começou como uma brincadeira de papelão e hoje é seu invento mais conhecido. O assento lembra uma bola de futebol. "Criar algo é tomar decisões sobre como prosseguir", diz. 


Bancos Miura, de 2005, empilháveis

Mesa Side, de concreto, de 2014
Bolsa Frame

Luminária Mayday, de 1998, ganhou o prêmio Compasso D'Oro, em 2001. No vídeo abaixo, ele explica porque a peça é tão versátil

terça-feira, 18 de março de 2014

Paixão pela madeira

Porque a madeira é um dos materiais mais nobres, mais vivos e mais macios que se pode tocar.  













segunda-feira, 17 de março de 2014

L'Wren Scott, glamour retrô e feminino para sempre

L'Wren Scott foi encontrada morta hoje em seu apartamento em Nova York, enforcada com um lenço preso à maçaneta. O namorado, Mick Jagger, está chocado e devastado. Ficam as roupas que ela criou para a realeza de Hollywood, como Nicole Kidman, Angelina Jolie, Sarah Jessica Parker, e mulheres magras e aristocratas. A silhueta sempre longilínea evocava o glamour da década de 40, com muita discrição e sofisticação. Luto na moda.  


Nicole Kidman veste L'Wren Scott, de coleção inspirada no pintor Gustav Klimt

Mulher sofisticada e muito chique
 
Mantô retrô

Os vestidos de L'Wren sempre ficavam abaixo do joelho, evocando a silhueta da década de 40

Tecidos exclusivos e modelagem muito feminina

Saia lápis para definir cintura e coxas

L'Wren Scott era usa própria garota-propaganda e sempre criou peças para desfilar. Ex-modelo e namorada de Mick Jagger há 13 anos, não lançou sua última coleção por problemas administrativos

Louça fina e elegante

Não basta ter tradição: é preciso inovar. Passeei pelos corredores da 48ª Gift Fair e absolutamente me encantei com os lançamentos da Oxford Porcelanas. Já imaginou jantar olhando para uma louça que foi inspirada no filme The Great Gatsby? Ou na Rússia? Ou na cor escolhida pela Pantone para ser a oficial de 2014, a Radiant Orchid?

A Oxford Porcelanas nasceu há 60 anos em São Bento do Sul, em Santa Catarina, e é a maior da América Latina. Poderia se ater ao passado glorioso e apenas reeditar os clássicos da marca, mas tenta atualizar a marca com lançamentos modernos e dignos de qualquer feira de design internacional. Eu adorei. E você? 


A coleção Flamingo Jazz tem 42 peças e custa R$ 1.371 no site da empresa oxfordporcelanas.com.br. O desenho foi inspirado no filme O Grande Gatsby, que se passa na década de 20 e tem cenários art déco(abaixo)

Coleção Flamingo Joia Brasileira lembra as cores das pedras brasileiras ametista, amazonita e ágata rosa e também a cor Pantone 2014, orquídea radiante

Copo que já traz a receita do suco do dia: práticos

Suco para pele firme e sem rugas: queremos! A peça sai por R$ 12,50


Suco para brilho e força da pele e dos cabelos: também queremos!


A catedral de São Basílio, em Moscou, na Rússia, é a ideia principal da linha Flamingo que tem borda de ouro. O conjunto com 42 peças custa R$ 956


A catedral de São Basílio fica na Praça Vermelha, em Moscou, e começou a ser construída em 1555