Anéis da marca Rita&Zia, em breve à venda no Brasil, garimpadas por Dimitri Mussard na Suíça |
Inspiração punk na coleção Chaos, trabalhada em ródio, prata e ouro pela designer Sandrine Barabinot |
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Quando ele desembarcou no Brasil, em meados de 2010, Dimitri Mussard queria abrir um site de moda, música, viagem e design. Mal poderia imaginar que, apenas quatro anos depois, seria proprietário da Acaju do Brasil, escritório de representação de marcas de luxo acessível, como ele mesmo batizou.
"Aprendi nesse tempo que minha curadoria pessoal para a escolha das marcas que virão para cá (participo de feiras na Europa para garimpar marcas) precisa de uma visão extremamente apurada e com expertise do negócio da moda no país para poder decidir por trazer uma grife", diz o jovem empresário, que representa nove marcas, entre elas, Thierry Lasry, Pantone, The Wallart, Le Specs e Karen Walker. A novidade são as semijoias suíças Rita&Zia, que chegam ao Brasil este mês.
Para explicar como o Brasil o conquistou como uma terra de oportunidades - e também do comportamento das consumidoras brasileiras, Mussard conversou com o blog.
Dimitri, quando exatamente você decidiu lançar a sua agência Acaju do Brasil? Qual foi a primeira marca que trouxe para o país e poderia fazer um balanço do seu negócio - o que deu certo e o que deu errado?
Eu cheguei no Brasil em meados de 2010 com uma ideia, em princípio, de criar um site focado em moda, música, viagem e design. Na procura por possíveis patrocinadores para este site, percebi que havia uma oportunidade de negócios, pois para apoiar minha iniciativa as grifes precisavam de um distribuidor por aqui. Daí, decidi montar o escritório. Eu também percebi que o Brasil tinha um espaço enorme para marcas legais, que não são óbvias e não estão em qualquer shopping de luxo. A Acaju surgiu portanto para oferecer ao mercado brasileiro a possibilidade de comprar marcas importadas aos mesmos preços das nacionais.
Aprendi nesse tempo que minha curadoria pessoal para a escolha das marcas que virão para cá (participo de feiras na Europa para garimpar marcas) precisa de uma visão extremamente apurada e com expertise do negócio da moda no país para poder decidir por trazer uma grife. É nessa hora que minha equipe comercial entra em ação, avaliando minunciosamente os prós e os contras de se trazer esta ou aquela grife para cá.
O que exatamente o atrai no mercado brasileiro?
Poderia fazer uma avaliação da consumidora brasileira? No que ela é diferente da européia e da americana?
A consumidora Brasileira dá atenção especial ao serviço e ela está super certa! É inadmissível ir comprar uma bolsa de 5.000 euros e não ser bem tratado, não receber um café, uma água... Muitas marcas de luxo deveriam mandar os vendedores no Brasil para uma aula de atendimento ao cliente. Mas de maneira geral a consumidora brasileira gosta do que ela já viu na imprensa ou nas celebridades, já a europeia gosta mais de comprar coisas que ninguém tem. A americana nesse sentido é para mim a mais obvia do mundo, dependendo da onde você for nos EUA, parece que todo mundo se veste igual!
Você declarou que o produto brasileiro é caro. A que atribui esse custo alto? E as peças que você representa, qual o preço médio?
Quais são as marcas que você representa? Fale um pouco das recém incorporadas ao portfólio. E onde se podem comprar as peças?
O que o atrai no Brasil como ambiente de negócio e como lugar para viver?
Me atrai o desafio, pois temos que convencer as multimarcas a vender a marca. Muitas vezes as compradoras têm medo porque é novo, porque elas não sabem se vai chegar a tempo, porque é difícil importar no Brasil… então tem um trabalho educacional triplo: convencer as marcas europeias a virem para o Brasil, convencer as multimarcas a apostar no nosso produto e ainda seduzir os clientes finais por meio de estratégias de comunicação.
Há planos de investir em alguma marca brasileira ou esse não é o foco do negócio?
Gostaria que você me dissesse as três coisas que mais o encantam no Brasil (pode ser qualquer coisa, comida, bebida, roupa, lugar ou comportamento)?
Como uma pessoa que viaja muito, gostaria que me contasse onde vivem, na sua opinião, as pessoas mais criativas do mundo.
Bolsa Frida Princess Black, da Les Petits Joueurs, marca representada pela Acaju do Brasil |
Capa para iPad, da Pantone |
Óculos da marca neozelandesa Karen Walker, por R$ 958 |
Óculos Le Specs, um dos preferidos de Kate Moss, Rihanna e Lady Gaga |
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