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O trench coat nunca sai da passarela da Burberry - em versão longa no desfile de hoje, em Londres |
A Burberry sempre fabricou as capas dos militares britânicos que lutaram em guerras - bom tecido de gabardine, xadrez inconfundível no forro e celebridades que gostavam de desfilar de trench. A marca poderia ter estacionado ali mesmo, vivendo dessa herança pelo resto da vida. Não quis. Ainda bem.
Em 2006, depois de ver amargar vendas e popularidade, com cópias toscas do xadrez pelos quatro cantos do mundo, tomou três atitudes que alavancaram o nome da marca ao Olimpo das marcas de desejo.
1. Contrataram uma mulher, Angela Ahrendts, para tirar a marca do limbo. Ela descobriu que a criação era descentralizada, que o carro-chefe da empresa, o trench coat de gabardine, estava em segundo plano, e que nem os executivos da empresa ou os vendedores, usavam peças da marca, mesmo tendo descontos altos para comprar.
2. Angela chamou Christopher Bailey para ser o diretor criativo da Burberry. Ele transformou o trench em objeto de desejo, criando versões com tecidos e acessórios diferentes e extrapolou o xadrez para um cartela de cores diversa.
3. Chamaram Mario Testino para fotografar campanhas e vídeos e as modelos Kate Moss e Naomi Campbell personificaram o British style de maneira contemporânea.
Somado a isso, o fato de a marca ter sido a primeira a apostar na transmissão do desfile via streaming em tempo real para o mundo inteiro e outras ações em redes sociais que só ajudaram a consolidar a marca no universo do luxo. A Burberry hoje é tão famosa quanto a realeza britânica, o chá das cinco e o fog londrino.
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Um bom casaco com inspiração militar nunca sai do guarda-roupa |
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Camisa com inspiração na capinha do trench coat
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A clássica padronagem xadrez da Burberry em cartela diferente de cor |
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Trunfo da marca: misturar casacos pesados com lindos vestidos de festa |
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Mais um casaco com inspiração militar |
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